O Palácio do Planalto montou uma força-tarefa para garantir a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados, considerada fundamental para viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 e prevista para ir a plenário hoje (3/11). Tanto quanto aprovar a medida, o governo quer resgatar a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), trincada pela derrota da PEC da Vingança. Temendo novo revés, governistas pressionam Lira e retomar as votações remotas. Para ele, porém, o recuo nas votações presenciais seria um sinal de fraqueza.
A estratégia dessa força-tarefa é o jogo bruto onde os deputados são mais sensíveis: a verba. De um lado, os parlamentares cobram a liberação de suas emendas ao Orçamento, de outro, o governo ameaça congelar até o pagamento das emendas impositivas, cuja execução é obrigatória.
Com a indefinição da PEC dos Precatórios, o Ministério da Economia fará uma consulta ao TCU sobre a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial por meio de medida provisória. O objetivo é garantir um benefício maior aos brasileiros em meio ao impasse do Auxílio Brasil. Interlocutores de Bolsonaro receberam a indicação de que a tendência dos ministros da Corte seria dar sinal verde à extensão do benefício, sem a necessidade de aprovar novo decreto de calamidade no Congresso. Os últimos depósitos do benefício foram feitos na semana passada.