As principais entidades que representam o setor privado de saúde de Goiás denunciaram hoje o corte, pela metade, das cotas dos atendimentos eletivas promovido pelo Ipasgo. A medida deve afetar, de forma significativa, mais de 600 mil usuários (a maioria servidores públicos) do instituto de saúde do governo de Goiás. A justificativa para o corte, segundo as entidades, é para atingir o teto orçamentário deste ano.
Hospitais, clínicas, laboratórios, bancos de sangue e demais prestadores de serviços de saúde privados do Estado, credenciados pelo Ipasgo, foram surpreendidos com a notícia de corte de 50% nos atendimentos eletivos na última segunda-feira. “A medida, que atinge os mais de 600 mil usuários do Instituto, foi comunicada por mensagem de aplicativo na qual o Ipasgo alegou ter atingido o teto orçamentário de 2021, previsto por decreto estadual, e, por essa razão, todas as cotas de atendimentos eletivos foram reduzidas pela metade”, afirma a nota assinada pelas entidades.
A decisão não teria levado em conta os tratamentos que ficaram represados durante a pandemia da Covid-19, suspensos pelo próprio Ipasgo. “Na prática, isso significa que a assistência aos usuários será severamente comprometida, já que, em razão da demanda represada e da redução de cotas, a rede assistencial não terá condições de realizar exames, procedimentos médicos e cirurgias não emergenciais, mas de intervenção imprescindível”, afirmam as entidades.
Confira a nota na íntegra:
CARTA ABERTA AOS USUÁRIOS DO IPASGO
No dia 6 de setembro, segunda-feira, hospitais, clínicas, laboratórios, bancos de sangue e demais prestadores de serviços de saúde privados do Estado de Goiás, credenciados pelo Ipasgo, foram surpreendidos com a notícia de corte de 50% nos atendimentos eletivos.
A medida, que atinge os mais de 600 mil usuários do Instituto, foi comunicada por mensagem de aplicativo na qual o Ipasgo alegou ter atingido o teto orçamentário de 2021, previsto por decreto estadual, e, por essa razão, todas as cotas de atendimentos eletivos foram reduzidas pela metade.
A decisão não levou em conta os tratamentos que ficaram represados durante a pandemia, suspensos pelo próprio instituto. Na prática, isso significa que a assistência aos usuários será severamente comprometida, já que, em razão da demanda represada e da redução de cotas, a rede assistencial não terá condições de realizar exames, procedimentos médicos e cirurgias não emergenciais, mas de intervenção imprescindível.
As entidades representativas dos prestadores de saúde questionam a redução e esperam que a questão seja sanada o mais rápido possível, pois a medida ameaça a assistência, a qualidade de vida e a saúde dos pacientes, principalmente daqueles que necessitam de tratamentos oncológicos, cardíacos, neurológicos, obstétricos, entre outros.
As entidades reiteram o permanente compromisso com a saúde da população goiana.
Goiânia, 9 de setembro de 2021
Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)
Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg)
Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás (Sindimagem)
Sindicato dos Laboratórios de Analises e Banco de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO)