O presidente Lula (PT) disse nesta quinta-feira (14/12) que, “pela primeira vez na história”, o governo conseguiu colocar um “ministro comunista” no Supremo Tribunal Federal (STF) – saiba mais aqui. A declaração, em tom de brincadeira, foi dada em referência ao ministro Flávio Dino (Justiça), filiado ao PC do B por 15 anos.
“Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez na história desse país, conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista, um companheiro da qualidade de Dino”, disse o petista.
Flávio Dino tomará posse no STF em 22 de fevereiro. A previsão foi anunciada após reunião com o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. “Eu preciso fazer um processo de transição relativo ao Ministério da Justiça”, disse.
“Se fizéssemos essa transição em 15 ou 20 dias, coincidiria com o recesso do Judiciário, que inviabiliza a posse. Daí a escolha pelo mês de fevereiro”, afirmou, acrescentando que deve continuar no ministério durante a transição. Depois, deve retornar ao Senado até a posse.
Substituição
O presidente Lula tem agora nas mãos a tarefa de substituir Flávio Dino na Justiça. Segundo auxiliares, ele ainda não tem um nome, mas prefere uma “solução caseira”, com os mais cotados sendo a ministra do Orçamento, Simone Tebet (MDB), o advogado-Geral da União, Jorge Messias, e o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli.
O problema é que nenhum dos três tem, ao mesmo tempo, as características que Lula deseja: bom trânsito político, no Congresso e no PT, e conhecimento de segurança pública. A decisão deve ser tomada neste ano.
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