O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou nesta quarta-feira (1/2), temporariamente, 13 ministros para assumirem seus mandatos no Congresso Nacional. Os nomes foram publicados no Diário Oficial da União. O objetivo do petista é garantir votos para reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado.
É que cresceu nos últimos dias o temor no Palácio do Planalto de uma vitória do senador bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), especialmente após anúncios de apoio a ele de colegas de partidos que integram a base do governo de Lula, como o União Brasil, e do próprio PSD de Pacheco.
Ontem, Pacheco amargou a dissidência de três colegas de bancada, inclusive o líder de seu partido na Casa, Nelsinho Trad (MS). Ele, Lucas Barreto (AP) e Samuel Araújo (RO) anunciaram apoio a Marinho. Em compensação, o MDB e o presidente do partido, Baleia Rossi, fizeram uma reunião com Pacheco para formalizar apoio.
Nesta quarta-feira acontece a abertura do ano Legislativo, com a posse de parlamentares eleitos em outubro do ano passado e a eleição das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado. Deputados e senadores que assumem o cargo de ministro de Estado não perdem a função parlamentar.
Ministros
Os ministros que tomam posse no Senado são Camilo Santana (Educação), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Renan Filho (Transportes) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome). O ministro Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) foi eleito em 2018 e está no meio do mandato de senador, mas também se licenciou do ministério para votar na eleição do Senado.
Na Câmara, assumem os mandatos de deputados os ministros Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Juscelino Filho (Comunicações), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Daniela Carneiro (Turismo).
Na Câmara dos Deputados é dada como certa a reeleição de Arthur Lira (PP-AL), que tem o apoio do governo Lula.