O anúncio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) no início desta semana de reduzir o ICMS sobre os preços dos combustíveis e energia elétrica é alvo de críticas dos potenciais adversários para a campanha eleitoral deste ano. Especialmente, de Gustavo Mendanha (Patriota). Não que ele seja contra a redução do imposto, mas porque ela teria sido anunciada em ano eleitoral.
Mendanha afirma que a decisão de reduzir o ICMS não foi um ato do atual governo, mas uma determinação prevista em lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada. Frisa que o anúncio de Caiado nesta semana foi “um claro gesto eleitoreiro”.
É fato. Mas também é fato que poucos Estados até agora anunciaram a redução do ICMS. Além de Goiás, somente outros cinco governos estaduais reduziram suas alíquotas até esta sexta-feira (01/7).
O pré-candidato a governador pela oposição afirma ainda que Caiado criticou na campanha de 2018 a elevada alíquota do ICMS sobre os combustíveis em Goiás. Mas, em três anos e meio de governo, nada fez para mudar. “Quando pôde, nada fez. Agora quer enganar a população, quer brincar com a cara do goiano”, critica.
O fato é que as elevadas alíquotas do ICMS sempre foram um alvo de ataques de Gustavo Mendanha, que destacava sempre as pesquisas que apontavam os preços dos combustíveis em Goiás entre os mais caros do País. A redução do imposto e consequente nos preços ao consumidor reduz o peso desta crítica.