Mesmo com as dificuldades geradas pela pandemia, que provocou o cancelamento de sua feira agropecuária, a Tecnoshow, e a quebra da safrinha do milho, a goiana Comigo planeja fechar 2021 com um crescimento de até 30% no faturamento, chegando a R$ 9 bilhões. No ano passado, a cooperativa, sediada em Rio Verde, faturou R$ 6,9 bilhões e agora se escora na perspectiva de aumento da produção da soja, na valorização das commodities e na alta do dólar para alcançar um resultado tão positivo até dezembro.
Conforme o presidente Antonio Chavaglia, em entrevista ao Valor Econômico, a estiagem em algumas regiões do Estado durante a safrinha deve reduzir o recebimento de milho de pouco menos de 1,1 milhão de toneladas para 840 mil a 900 mil toneladas, mas a soja deve aumentar cerca de 2%, para 2,24 milhões de toneladas. A Comigo investiu entre 2019 e 2020 mais de R$ 400 milhões em armazéns, indústrias e lojas e já processa dois terços da soja que recebe.
Até o final de 2021, a cooperativa deve investir R$ 200 milhões em novos projetos, principalmente no aumento da capacidade de armazenagem, que deve passar de 1,8 milhão para 2,6 milhões de toneladas. A Comigo conta com 10 mil associados e está presente em 20 municípios goianos.