O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou em silêncio nesta quinta-feira (22/2) na sede da Polícia Federal em Brasília e saiu do prédio em pouco menos de meia hora. A defesa afirmou que o ex-presidente “nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista”.
“Esse silêncio é uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente a prática de certos delitos”, afirmou o advogado Fabio Wajngarten.
Refere-se à falta de acesso à delação do ex-ajudante de ordens e Mauro Cid e aos conteúdos obtidos em celulares apreendidos pela PF. A defesa de Bolsonaro disse que ele prestará depoimento assim que for “garantido o acesso”.
Também foram à sede da PF os ex-ministros Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Os militares mantiveram o pacto de silêncio.
Quatorze depoimentos foram colhidos em Brasília, quatro no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um no Paraná, um em Minas Gerais, um no Mato Grosso do Sul e outro no Espírito Santo.
Outros falaram
Na contramão, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres falaram à PF. A defesa de Valdemar disse que ele “respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas”, mas não deu detalhes. A defesa de Torres, cujo depoimento avançou até o início da noite, também confirmou que ele respondeu a todas as questões.
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