O projeto de lei que permite a venda de remédios sem prescrição médica em supermercados e lojas similares, proposto pelo deputado Glaustin da Fokus (PSC), provocou a reação de Zacharias Calil (DEM). Segundo Calil, que é médico pediatra, os supermercados não estão aptos a oferecer orientação aos adequada a consumidores sobre o uso dos medicamentos. “As pessoas compram os medicamentos sem ter para quem perguntar sobre a prescrição. Às vezes, confundem miligrama com mililitro e dão uma dosagem que pode gerar doenças, úlceras, entre outras coisas”, disse Calil ao Jornal Opção.
Calil defende o oposto de Glaustin: maior fiscalização dos remédios vendidos nas farmácias, incluindo prescrição médica, por exemplo, para descongestionantes nasais. O Conselho Federal de Farmácia, evidentemente, também é contra a matéria
Já Glaustin aponta para a segurança de determinados tipos de remédios e argumenta que seu projeto vai ampliar o acesso da população a medicamentos em todo País. Glaustin foi eleito com apoio de supermercadistas e atacadistas, segmento no qual ele atua como distribuidor e fabricante. A proposta, que tem o apoio da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), tramita em caráter conclusivo nas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania.