O deputado estadual Alysson Lima (PSB) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa para acabar com os cartões corporativos usados pelo governo de Goiás. Para isto, é preciso que o Parlamento suspenda o decreto de abril de 2004 que instituiu este meio de pagamento.
Lima afirma que o cartão corporativo tem o mesmo funcionamento de um cartão de crédito, só que é pago pelos cofres públicos. Num contexto de crise e dificuldades econômicas, frisou o deputado, “é importante ponderar que o cartão corporativo onera demasiadamente o governo estadual”.
O cartão corporativo foi instituído no Estado para o pagamento de “pequenas despesas”, como viagens, diárias, materiais de consumo e expediente, reparo e de móveis, máquinas e veículos e também de imóveis, além de gastos de “caráter sigiloso ou reservado”, entre outras. O governo estadual não costuma divulgar os seus gastos com os cartões corporativos.
O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e será relatado pelo deputado-delegado Humberto Teófilo (Patriota). Como também é de oposição, provavelmente dará parecer favorável. Mas, dificilmente este projeto deverá ser aprovado pelo plenário da Assembleia, onde a maioria é da base governista.