O deputado-delegado Humberto Teófilo (Patriota) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa que, se aprovado e sancionado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), tornará ilegal a exigência da apresentação de vacinação contra a Covid-19 em Goiás. Tanto os locais privados como públicos.
O parlamentar frisou que cerca de 1,5 milhão de pessoas ainda não se vacinaram em Goiás contra a doença, que já matou mais de 26 mil goianos desde 2020. “A não aprovação deste projeto inclui deixar esse público sem acesso a diversos serviços públicos”, enfatizou Teófilo.
Citou como exemplos Mato Grosso e Paraná, onde houve recente liberação da exigência do passaporte sanitário da vacina. Também disse que tal obrigatoriedade não é sequer recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
Apoio
Pelo visto, não haverá muita dificuldade de aprovar o projeto na Assembleia. O deputado Paulo Trabalho (PL) também se posicionou contrário à exigência de cartão de vacinação contra a covid-19. “É um absurdo essa exigência. Parabéns, deputado Humberto Teófilo. Estamos juntos nessa luta”, disse.
O mesmo fez o deputado Jeferson Rodrigues (Republicanos). “As pessoas têm o direito de não se vacinar, é o direito delas, ninguém pode tirar esse direito da Constituição”, frisou. Apenas um detalhe: os três deputados são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na prática, nenhum órgão público estadual ou municipal tem exigido das pessoas cartão de vacina contra a Covid-19. Muito menos o setor privado, como bares e restaurantes. A Prefeitura de Goiânia chegou a sugerir em fevereiro a exigência do passaporte, quando anunciou a flexibilização geral das restrições na capital, mas recuou diante dos protestos dos empresários.
Ao ampliar as aulas presenciais em março, a UFG publicou portaria exigindo a apresentação do passaporte da vacina para a circulação de pessoas nas dependências da instituição.