A decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) de suspender temporariamente o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo dividiu opiniões na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL) manifestou solidariedade ao magistrado pelo afastamento do cargo, mas também destacou a importância e os trabalhos da Polícia Militar de Goiás (PMGO).
Na semana passada, o desembargador fez uma declaração durante julgamento no Tribunal em que defendeu a extinção da PMGO. Ele foi duramente repreendido pelo governador Ronaldo Caiado (UB). Nesta segunda-feira (6/11), o Órgão Especial do TJGO decidiu pelo afastamento de Adriano Camargo “em razão de manifestação/opinião pessoal”.
Paulo Cezar comentou sobre a tensão entre o governador e o desembargador. “É fundamental notar que as críticas do desembargador eram direcionadas, exclusivamente, para uma parcela reduzida de polícia, que tem demonstrado comportamento inadequado envolvendo abusos e agressões a cidadãos inocentes”, disse.
O deputado afirmou que a Polícia Militar de Goiás, “inegavelmente, é uma instituição honrada, mas, como em qualquer profissão, existem indivíduos que cometem atos contra a integridade da corporação”. “É crucial que reconheçamos a importância da instituição, e também combater aqueles que desonram a farda e a missão da PM”, enfatizou.
Contra o desembargador
O deputado Amauri Ribeiro (UB) defendeu a PM e criticou a declaração do desembargador. Além de parabenizar a decisão do TJGO e elogiar Ronaldo Caiado. “Esse é o governador em quem eu acredito. É o governador que defende Deus, pátria e família, linha direta para qualquer cidadão de bem”, disse.
Já o deputado Major Araújo (PL) também defendeu a PMGO. “A polícia merece respeito de todos, quanto mais de um desembargador”, afirmou. Ele ainda criticou o desembargador Adriano Roberto. “A pessoa que é ignorante, que não conhece o papel da Polícia Militar, você até perdoa quando defende a extinção. Mas quando vem de um desembargador que gozou tantas vezes do apoio da corporação é inadmissível”, desabafou.
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