Uma denúncia grave que precisa ser apurada: a organização social Instituto Nacional de Tecnologia em Saúde (INTS), que gerencia o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), comprou imóveis em Camaçari e Salvador, no valor de R$ 35,4 milhões, e gastou R$ 70 mil em viagem e hospedagem aos Estados Unidos. A informação foi publicada nesta sexta-feira (22/10) no jornal O Hoje, com base no despacho da Gerência de Avaliação de Organizações Sociais da Secretaria de Saúde.
“A situação ora posta, revela uma conduta por parte do INTS alheia à sua própria natureza de constituição, por se tratar de uma entidade sem fins lucrativos”, diz o documento. Em parecer, o procurador do Estado, Antônio Flávio de Oliveira, diz reconhecer a gravidade das irregularidades verificadas pelo parceiro público na execução dos ajustes pactuados junto ao INTS, “envolvendo, inclusive, graves indícios de malversação de verbas públicas”.
Segundo o jornal, a Gerência de Avaliação das Organizações Sociais conclui que a utilização ainda que parcial e a título de rateio de recursos advindos dos contratos de gestão para aquisição de imóveis em outro estado, sem qualquer justificativa, demonstra “irregular utilização dos recursos públicos do Estado de Goiás, prática esta que carece de imediata suspensão”. Em resposta, o presidente do INTS, José Jorge Lima, disse ao jornal que o dinheiro para a compra de imóveis não entra como despesas rateáveis, ou seja, o recurso utilizado para imóveis não é rateado por nenhum contrato de gestão, firmado pela entidade.