O presidente Jair Bolsonaro (PL) levou nesta semana a sua pré-campanha para o Nordeste brasileiro, região onde tem a maior rejeição, e disparou a metralhadora contra adversários e antecessores. Chamou o ex-presidente Lula e o PT de “canalhas” e ironizou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), sempre apontando supostos casos de corrupção nas gestões anteriores.
No Rio Grande do Norte, tentando demonstrar laços com a população, o presidente lembrou que filha Laura tem um avô cearense, mas referiu-se ao sogro como “um cabeça chata”. Na semana passada ele já havia se referido a assessores nordestinos como “paus de arara”.
Aliás, quem também tropeçou nas palavras sobre o Nordeste foi o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos), pré-candidato a presidente. Ao registrar nas redes sociais sua visita ao Ceará na terça-feira, ele falou das dificuldades dos “agricultores do agreste cearense”. O agreste abrange seis estados nordestinos, e o Ceará não é um deles.
Uma nova pesquisa foi divulgada ontem, da Quaest/Genial. Sem novidades: Lula segue na frente com 45% das intenções de votos, seguido por Bolsonaro com 23%; Sérgio Moro e Ciro Gomes (PDT) empatam com 7%. João Doria (PSDB) e André Janones (Avante) têm 2% cada e Simone Tebet (MDB), 1%. Os demais sequer pontuaram.