A Petrobras está há 52 dias sem reajustar os preços nas refinarias, mas o valor do litro da gasolina bateu novo recorde nos postos brasileiros na semana passada, enquanto o diesel subiu pela segunda semana consecutiva, de acordo com dados da ANP. Em paralelo, no mercado global, os preços do diesel continuam em alta.
A defasagem da Petrobras para os preços internacionais pressiona a estatal a anunciar um novo reajuste. Segundo a Stonex, o preço do diesel da estatal brasileira está com defasagem de 20%. Já a Abicom, representante dos importadores, estima que o diesel vendido pela Petrobras está 14%, em média, abaixo do preço de paridade de importação (PPI). A defasagem da gasolina é menor, de 7%.
O último reajuste dos combustíveis líquidos promovido pela estatal em suas refinarias ocorreu em 11 de março. Na ocasião, a gasolina subiu 19%; o diesel, 25%; e o GLP (gás de cozinha), 16%.
Postos de combustíveis
Nas bombas, o preço da gasolina subiu pela terceira semana consecutiva. O preço médio do litro do combustível aumentou 0,18% na semana passada, para R$ 7,28. Este é o maior valor nominal desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004. O maior preço apurado nos mais de 5 mil postos pesquisados foi de R$ 8,59 o litro, e o menor, R$ 6,29.
O levantamento semanal da ANP também apontou aumento no preço do litro do diesel nas bombas, de 0,15% na semana passada, para R$ 6,61 o litro.
O valor recorde também foi apurado pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas que verifica os preços desde janeiro de 2019. O preço médio da gasolina fechou abril em R$ 7,52. Em comparação com março, quando a média nacional era de R$ 7,28, o valor subiu 3,2%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 31,1%.
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