O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou na manhã desta quarta-feira (13/12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, para a sabatina que avaliará a sua indicação ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Que promete ser um embate entre governo e oposição, contrária à indicação.
Paulo Gonet, indicado para ocupar o cargo de procurador-geral da República, também já está no Senado para ser sabatinado na CCJ.
Deputados bolsonaristas querem assistir à sessão da CCJ. Já a base governista montou uma tropa de choque na tentativa de blindar Dino. Parte da estratégia é a sabatina conjunta com Paulo Gonet, indicado à PGR, cujo perfil conservador agrada a oposição.
Quatro ministros vão se licenciar dos cargos para reassumir suas cadeiras no Senado e votar a favor da indicação de Dino. Após a votação, Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes) e Carlos Fávaro (Agricultura) voltarão para seus ministérios.
Votos
Dino e Gonet precisam de 17 votos na CCJ e 41 no plenário do Senado para terem as indicações confirmadas.
Dino admitiu que haverá votos contrários a seu nome, mas afirmou que ainda não recebeu declarações oficiais de quem será contra. “Oficial e presencial, nenhum [não]. Quero frisar que respeito o fato de que haverá ‘nãos’. Faz parte da vida democrática”, disse.
Em entrevista antes da reunião da CCJ, o senador Weverton (PDT-MA), relator da indicação de Flávio Dino ao cargo de ministro do STF, previu que o seu relatório será aprovado com 15 votos favoráveis na comissão, com 10 votos contrários. Já em Plenário, Weverton calcula que Dino terá 53 votos favoráveis. Ele comentou que Dino está em condições para trocar a pauta da política pela pauta do Judiciário caso seja aprovado.
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