Três soldados americanos morreram e aos menos 30 ficaram feridos em um ataque de drone a um posto avançado dos Estados Unidos na Jordânia. A ação marca a primeira morte de militares dos EUA por fogo inimigo no Oriente Médio desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, além de ser mais um sinal da escalada das tensões na região.
O presidente Joe Biden atribuiu a culpa a grupos militantes apoiados pelo Irã e disse que eles serão responsabilizados. As autoridades americanas têm afirmado repetidamente que não querem que as tensões aumentem ainda mais para evitar a eclosão de uma verdadeira guerra regional.
Paralelamente, negociadores liderados pelos EUA alinham um acordo de trégua de dois meses em troca da libertação dos mais de 100 reféns sob poder do Hamas. A proposta foi discutida ontem em Paris por EUA, Israel, Egito e Catar.
“Ainda existem lacunas significativas sobre as quais as partes continuarão a discutir nesta semana em reuniões mútuas adicionais”, afirmou o gabinete do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, em comunicado.
Otimismo
Apesar de haver divergências, os negociadores estão otimistas e a expectativa é que o acordo seja selado em 15 dias. Uma trégua de sete dias em novembro possibilitou a libertação de mais de 100 sequestrados pelo Hamas em troca de cerca de 240 palestinos detidos por Israel.
Após nove países suspenderem o financiamento da agência da ONU de ajuda humanitária aos palestinos, devido à suspeita de envolvimento de funcionários nos ataques do Hamas, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos doadores que mantenham o envio de dinheiro. Alemanha, Reino Unido e França estão entre os países que se juntaram aos Estados Unidos no congelamento de fundos à UNRWA.
Segundo Guterres, nove dos 12 suspeitos foram demitidos, um está morto e a identidade de dois está sendo “esclarecida”.
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