O poder de renda da população goianiense, especialmente a mais pobre, tem caído a cada mês corroída pelos aumentos de preços. Segundo divulgou hoje (11/5) o IBGE, a inflação na capital goiana tem batido recordes. Em abril, o IPCA teve alta de 0,81%, a maior alta para o mês desde 2014. No acumulado no ano já soma 4,64% e, nos últimos doze meses, sobe 12,8%.
Convém lembrar que o IPCA capta apenas a média de preços na economia. Ou seja: alguns produtos ou serviços, como os combustíveis, têm sofrido aumentos maiores que os porcentuais divulgados da inflação.
Se é algo para aliviar, de acordo com o IBGE a capital goiana apresentou a segunda menor variação do IPCA para abril. Apenas Salvador teve uma inflação menos entre as capitais pesquisadas: 0,67%.
Combustíveis e supermercado
Transportes é o grupo que mais pesa na cesta de consumo goianiense. Em abril, a variação foi de 1,67%, a maior alta para o mês desde abril de 2019 (1,81%). Mais uma vez os combustíveis (veículos) pressionaram o aumento do grupo (4,1%). Todos os combustíveis tiveram alta nos preços na capital: etanol (5,84%), óleo diesel (4,21%) e gasolina (3,78%).
Houve quedas nos preços médios do automóvel usado (-2,09%) e novo (-0,25%) em abril na capital goiana.
Já alimentação e bebidas subiram 1,82% no mês passado, acumulando 7,29% no ano e 14,18% nos últimos doze meses.
É o quinto aumento seguido deste grupo, comprovando o que toda dona de casa já sabe: cada vez está mais caro fazer as compras no supermercado.
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