O ex-reitor do Santuário Basílica de Trindade Padre Robson Pereira aparece numa gravação de áudio, feita por ele mesmo, admitindo irregularidades nas prestação de contas e contratos que ele administrava. Ao fala sobre irregularidades na gestão da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) durante a reunião que foi gravada, um dos advogados do religioso, Klaus Marques, alerta que as práticas caracterizariam crime organizado e que Robson seria apontado como o chefe da quadrilha. O padre então concorda. “E eu sou o chefe da quadrilha”.
O material está nas mãos do Ministério Público do Estado de Goiás e foi divulgado pela TV Record e pelo site Metrópoles. Em outro momento, Padre Robson ouve de do advogado que haveria uma série de contratos irregulares gravados num computador da Afipe e que manter esses arquivos era perigoso. “Contrato feito e tudo mais, né, gente? Eu estou enfiando a Afipe em um problema sério”, responde o ex-reitor da Basílica de Trindade.
Em resposta ao site Metrópoles, o advogado Klaus Marques disse que desconhece os fatos e afirmou que a Afipe foi pautada pela legalidade. Acrescentou ainda que agiu conforme o Estatuto da Advocacia. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa novo pedido de prisão preventiva contra o religioso e mais quatro pessoas, por corrupção ativa. A solicitação foi apresentada pela Polícia Federal na última quarta-feira (17).