O Palácio do Planalto abriu os cofres para os deputados aprovarem a PEC dos Precatórios. Segundo reportagem do Estadão publicada hoje, desde que o projeto chegou no plenário da Câmara, na semana passada, o governo empenhou R$ 1,2 bilhão de emendas de relator-geral, que é o mecanismo que compõe o chamado orçamento secreto. Cada deputado teria recebido oferta de até R$ 15 milhões em emendas, numa negociação conduzida pelo próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Ainda assim, a PEC dos Precatórios passou apertada na primeira votação. Foram 312 a favor e 144 contra, apenas quatro votos acima dos 308 necessários para aprovar. Para chegar a este placar, o governo contou com defecções em bancadas de oposição, como PDT e PSB.
“A maior parte seria via FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), para ônibus escolares, creche, escolas, quadras esportivas, e outras obras mais. E uma parte também via Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e na Agricultura”, contou ao jornal o deputado Hildo Rocha (MDB-DF). Embora vários deputados façam relatos semelhantes, os líderes do governo negam terem negociado emendas.
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