O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que fez um “pedido desesperado de socorro” ao Judiciário e ao Legislativo para solucionar o problema dos precatórios, dívidas com cidadãos que ganham causas na Justiça. “Como reajo? Socorro, ministro Fux; socorro, presidente Pacheco. Como posso manter nossas obrigações, um aumento no Bolsa Família, que todo mundo sabe que é necessário?”, disse.
Embora a afirmação tenha sido feita em tom de brincadeira durante diálogo com o presidente do STF, Luiz Fux, o pagamento de precatórios permanece sem sinal de solução e tem tirado o sono da equipe econômica do governo Bolsonaro. Apesar de o Orçamento de 2022 encaminhado ao Legislativo prever um Bolsa Família com o mesmo valor de 2021, Guedes voltou a falar sobre o aumento de até 40% do valor do programa social, que será rebatizado de Auxílio Brasil no ano que vem.
O ministro Luiz Fux esclareceu que, apesar da mediação do Supremo sobre os precatórios, o tribunal não precisa chancelar uma solução que venha do Legislativo por iniciativa do Executivo. Uma das propostas de Fux para o pagamento de R$ 90 milhões em precatórios é criar uma espécie de microparcelamento da dívida. A ideia foi apresentada em parceria com o CNJ.